Prof.Dr.Luis Carlos Figueira de Carvalho

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VDRL

VDRL

REAÇÃO DE FLOCULAÇÃO. TESTE DE VDRL (VENEREAL DISEASE RESEARCH LABORATORIES)

 

FINALIDADE: Método de triagem para detecção de reaginas da sífilis.

 

PRINCÍPIO DE AÇÃO: Metodologia: Reação de floculação. A combinação de lecitina, colesterol e cardiolipina possui semelhança imunológica com antígenos do Treponema pallidum, consistindo em um antígeno não treponêmico. A interação das reaginas da amostra com este antígeno produz floculação que pode ser detectada ao microscópio óptico.

 REAGENTES

Número 1 - Antígeno para VDRL em suspensão - conservar entre 2 e 8 oC. Não congelar. Homogeneizar bem antes de usar. Contém: Cardiolipina 0,44 μmol/L, lecitina 3,12 μmol/L e colesterol 23,2 μmol/L em tampão fosfato 10 mmol/L pH 6,0.

 APRESENTAÇÃO

Reagente Volume -  Reagente No 1 .........6 mL

 EQUIPAMENTOS E INSUMOS OPERACIONAIS

Lâmina escavada, microscópio, agitador rotativo ajustávela 180 rpm, pipetas, relógio ou cronômetro. Encontram-se no mercado especializado de artigos para Laboratórios de Análises Clínicas.

CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE

 A temperatura de armazenamento deverá ser de 2 a 8C. O transporte em temperaturas entre 15 e 30C não deverá exceder 72 (setenta e duas) horas.Não congelar. Manter ao abrigo da luz e evitar umidade.

 CUIDADOS ESPECIAIS

1 - Somente para uso diagnóstico in vitro;

2 - O Antígeno (Reagente Nº 1) e a amostra devem estar à temperatura ambiente no momento do uso;

3 - Não congelar o reagente;

4 - Não utilizar plasma;

5 - O descarte do material utilizado deverá ser feito obedecendo-se os critérios de biossegurança de acordo com a legislação vigente.

6 - O reagente não deve entrar em contato com materiais de borracha.

 AMOSTRAS

Soro ou líquido cefalorraquidiano (límpido e isento de fragmentos de coágulos). Não utilizar soros hemolisados ou lipêmicos, pois podem produzir aglutinação inespecífica. A amostra é estável por 05 dias entre 2 e 8 C. Não é preciso inativar o soro. É recomendável jejum de 8 horas antes da coleta de sangue.

 

DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O Reagente Nº 1 é pronto para o uso. Agitá-lo antes da execução do teste.

 

TÉCNICA

Em uma placa escavada pipetar:

___________________________________________________________________________

Amostra ...................50 μL

Reagente Nº 1 ..........20 μL

Agitar manualmente com movimentos circulares ou em um agitador por 4 minutos a 180 rpm. Em seguida, examinar no microscópio no aumento 100 X. Além do teste sem diluição é recomendado uma teste com uma diluição de 1:8 com NaCl 0,85% (para todos os testes), a fim de evitar o efeito prozona. Vide Limitações do Processo.

 

PROVA SEMI QUANTITATIVA

Cavidade Nº 1 2 3 4 5 6

Diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 1:64

Pipetar em cada cavidade da lâmina escavada 50 L de NaCl 0,85%. Na cavidade Nº 1, pipetar 50 L da amostra a ser titulada, homogeneizar. Transferir 50 L da cavidade Nº 1 para a Nº 2 e assim sucessivamente até a diluição desejada. Desprezar os 50 L em excesso da última escavação.

Em seguida adicionar à cada cavidade, 20 L do Reagente Nº 1. Agitar manualmente com movimentos circulares ou em um agitador rotativo por 5  minutos a 180 rpm. Examinar ao microscópio no aumento 100 X, logo após a agitação. O título corresponde à maior diluição da amostra em que ocorreu a floculação.

 TESTE COM LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO

1 - Diluir 1:2 o Reagente Nº 1 com NaCl 0,85%; deixar em repouso por 4 minutos.

2 - Proceder da mesma forma descrita para o soro, usando o líquido cefalorraquidiano centrifugado. Não é necessário inativar.

 RESULTADOS

Positivo - Reativo: ocorre floculação com formação de grumos de tamanhos variáveis. Suspensão de aspecto heterogêneo. Neste caso, proceder a diluição da amostra e realizar a prova semi-quantitativa. Negativo - Não Reativo: ausência de floculação, suspensão de aspecto homogêneo.

 LIMITAÇÕES DO PROCESSO

Estima-se que 1 a 2% dos pacientes com sífilis secundária apresentam VDRL negativo ou fracamente positivo quando se utiliza o soro não diluído. A positivação do exame somente ocorrerá nas diluições maiores - efeito prozona. Recomenda-se portanto, testar todas as amostras sem diluir e diluídas 1:8 com NaCl 0,85%. Pode ocorrer resultado falso-positivo em certas patologias como : tuberculose, mononucleose infecciosa, hanseníase,hepatite, doenças do colágeno (lúpus eritematoso, artrite reumatóide), doenças auto imunes, malária, câncer.

 DESEMPENHO DO PRODUTO

Sensibilidade: Em 163 amostras verdadeiramente positivas, não foi encontrado nenhum resultado falso negativo. Especificidade: Em 80 amostras verdadeiramente negativas foi encontrado 1 resultado falso positivo.

 ESPECIFICIDADE DIAGNÓSTICA

O método é indicado para teste de triagem. O diagnóstico final não deve ser baseado somente no resultado laboratorial, deve-se correlacionar o resultado com os sinais e sintomas clínicos do paciente. Pacientes com infecção sifílica tratada podem apresentar resultados positivos em títulos baixos (cicatriz sorológica). O VDRL pode ser utilizado para acompanhar a terapêutica, pela rápida resposta representada pela queda de títulos ou mesmo pela negativação e modificações mais lentas ou mesmo inexistentes para os testes  treponêmicos.

 CONTROLE INTERNO DE QUALIDADE

Deve ser prática rotineira do Laboratório Clínico o uso de controles positivo e negativo para assegurar um desempenho adequado do método.

 NÚMERO DE TESTES  300 Testes

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - GRADWOHLS Clinical Laboratory Methods and Diagnosis – Sonnen Writh and Jerret, Mosby Cd., 1980.

2 - Manual de Reaciones Para el Diagnóstico de la Sífilis - nº 311 – Organização Mundial de Saúde.

3 - Ferreira, A.W.; Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e auto-imunes, 2 ed., Editora

Guanabara Koogan SA, 2001.

 

QUESTÕES

  1. As condições necessárias para realização da prática foram observadas? Qual a influencia desssas condições para o Imunodiagnóstico?
  2. Os procedimentos realizados estão de acordo com o protocolo. Comente as alterações ou adaptações realizadas
  3. Relacione os matérias listados neste protocolo que não foram utilizados e quais outros materiais utilizados. Será que houve alguma falha no procedimento pela falta ou substituição do material?
  4. Quais as dificuldades encontradas na realização dessa prática?
  5. Os procedimentos de biossegurança foram seguidos com rigor? Quais os possíveis riscos de acidente de trabalho que os alunos e o professor sofreram? Comente sobre as normas de biossegurança.
  6. Quais as orientações ao paciente que se deve dar antes e após a coleta de sangue?
  7. Elabore 10 questões a respeito da prática ao seu professor, para melhor esclarecimento das suas dúvidas

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