Prof.Dr.Luis Carlos Figueira de Carvalho

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DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO

Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da COVID-19, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE);

 

Os exames apontados no quadro são de admissão e devem ser igualmente utilizados para avaliar a evolução clínica dos pacientes.

ACESSE TEXTO ORIGINAL AQUI

EXAMES DE ADMISSÃO

Ressalte-se a importância da realização da oximetria de pulso ou, quando possível, da gasometria arterial (mais precisa, porém mais dolorosa) para a avaliação e o acompanhamento dos níveis de oxigenação do paciente, bem como para orientar as decisões relativas ao tipo de oxigenoterapia e à ventilação mecânica. 

A periodicidade das coletas dos exames citados poderá variar de acordo com as condições clínicas dos pacientes.

As anormalidades laboratoriais mais comuns em pacientes com doença grave são:

  • Leucopenia
  • Linfopenia
  • Leucocitose
  • Transaminases hepáticas elevadas

Outras anormalidades incluem: neutrofilia, trombocitopenia, elevação de creatinina sérica e elevação de lactato desidrogenase sérica e marcadores inflamatórios.

EXAMES DE ADMISSÃO
  • Gasometria arterial
  • Hemograma completo
  • Coagulograma (TAP e TTPa)
  • Fibrinogênio
  • Glicemia
  • Ureia e creatinina - avaliação da função renal)
  • Transaminases: ALT e AST - avaliação da função hepática
  • Bilirrubina total e frações - avaliação da função hepática
  • Troponina sérica - marcador de lesão cardíaca
  • Marcadores inflamatórios:
  • procalcitonina sérica e/ou
  • proteína C-reativa
  • D-dímero
  • Lactato desidrogenase sérica

A Dra. Denise Machado Medeiros, médica intensivista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), fala sobre os exames e os marcadores laboratoriais.

Exames laboratoriais de definição etiológica da COVID-19

A decisão de fazer os exames de testes de biologia molecular para SARS-CoV 2 e Influenza deve ser baseada em fatores clínicos e epidemiológicos. A coleta e testes de amostras adequadas de pacientes que atendem à definição de casos suspeitos de COVID-19 é importante para a confirmação diagnóstica, o tratamento clínico e controle do surto.

Conforme indicação da Rede CoVida - Testes diagnósticos da COVID-19:

  • O RT-PCR deve ser solicitado somente entre 3 e 7 dias após o início dos sintomas;
  • Para o RT-PCR, deve ser colhido o material de oro-faringe ou escarro (não usar sangue nem urina);
  • O teste para detecção de anticorpos (teste rápido ou ELISA) só deve ser solicitado após 7 dias do início dos sintomas.

A coleta de amostra respiratória para esses exames deve ser feita por “swab” nasal (narinas direita e esquerda) e “swab” de orofaringe.

SWAB NASAL SWAB DE OROFARINGE
Técnica para “swab” de nasofaringe


Material necessário:

  • “Swab” com haste flexível (alumínio).

Técnica:

  1. Aplique as precauções padrão para contato e gotícula ou aerossol;
  2. Insira o “swab” em uma narina até a nasofaringe;
  3. Deixe o “swab” no local por alguns segundos;
  4. Em seguida, remova lentamente o “swab” enquanto o gira sobre a superfície da nasofaringe posterior;
  5. Retire o “swab” do local de coleta; insira-o no tubo de transporte ou em um recipiente com meio para transporte viral;
  6. Repita o procedimento com outro “swab” para a segunda narina a fim de fornecer uma amostra combinada ideal;
  7. Etiquete o recipiente da amostra;
  8. Após a coleta, transporte imediatamente a amostra para o laboratório para a realização do r-PCR e detecção de antígeno viral. Se houver demora no transporte do material, coloque a amostra em gelo ou em refrigeração.

Em caso de “swab” nasofaríngeo em lactentes ou crianças jovens:

  • Use um “swab” de tamanho apropriado: meça a distância do nariz ao ouvido (filtrum ao tragus);
  • Insira o “swab” até a metade dessa distância, parando se encontrar resistência;
  • Insira o “swab” horizontalmente, abaixo da concha inferior, e não diago
Técnica para “swab” da faringe posterior ou “swab” da garganta

Material necessário:

  • Swab” com haste rígida (plástico);
  • Abaixador de língua.

Técnica:

  1. Aplique as precauções padrão para contato e gotícula ou aerossol;
  2. Peça a pessoa que abra a boca e diga "ah" para elevar a úvula;
  3. Pressione a língua com o abaixador de língua para afastá-la do caminho;
  4. Aplique o “swab” na faringe posterior evitando tocar nas tonsilas e não toque na língua com o “swab”;
  5. Inseri-o no tubo de transporte ou em um recipiente com meio para transporte viral. Quebre a ponta do aplicador para garantir o fechamento do frasco;
  6. Etiquete o recipiente da amostra;
  7. Após a coleta, transporte imediatamente a amostra para o laboratório para a realização do r-PCR e detecção de antígeno viral. Se houver demora no transporte do material, coloque a amostra em gelo ou em refrigeração.

Fonte: Cuidados Clínicos de Infecções Respiratórias Agudas Graves Tool kit (Clinical care of severe acute respiratory infections – Tool kit - OMS)

É fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para as coletas (luvas, jalecos descartáveis, máscaras cirúrgicas ou respiradores com a N-95, óculos de proteção e protetores faciais). Para saber mais sobre procedimentos de proteção, veja a Aula 7 - Procedimentos de proteção e controle de infecção em ambiente hospitalar.

O teste molecular é realizado com maior frequência para detecção da presença do RNA do vírus SARS-Cov-2 é o RT-PCR. Vale ressaltar que esse teste, em geral, é positivo nos primeiros dias da infecção (até o 7o dia do início dos sintomas), sendo importante para identificação de casos na sua fase inicial e, eventualmente, para identificar os pacientes que permanecem capazes de transmitir o SARS-CoV-2 por tempo mais prolongado. O teste molecular pode dar negativo se realizado em uma fase posterior da doença, ou pode ser um “falso negativo”, não descartando totalmente a possibilidade de COVID-19.

Já o teste sorológico - sejam os testes rápidos imunocromatográficos ou os testes tradicionais de ELISA - visam identificar a presença de anticorpos contra o vírus, em geral detectáveis a partir do 8o dia e, principalmente, após o 14o dia . Também existe a possibilidade de resultado “falso negativo”, bem como não há garantia de que o resultado positivo assegure a imunidade contra a doença. Portanto, os testes sorológicos em geral não são úteis para o manejo clínico imediato, mas podem ser importantes em estudos epidemiológicos e em decisões relativas ao retorno de profissionais às atividades, entre outras possibilidades.

Vale destacar que o teste para diagnóstico diferencial ou identificação de infecção concomitante por influenza deve ser realizado precocemente, visto que existe terapia medicamentosa específica para essa doença (Oseltamivir) que deve ser iniciada, caso o resultado seja positivo ou caso haja suspeita de influenza e sinais de gravidade clínica. Para saber mais sobre Suporte Farmacológico, consulte a Aula 4.

Ressalte-se ainda que outros exames podem ser necessários para diagnóstico diferencial, caso haja suspeita de outras doenças de etiologia viral ou bacteriana.

Para mais informações sobre testagem para SARS-Cov-2, consulte:

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