Prof.Dr.Luis Carlos Figueira de Carvalho

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Ação de Agentes Químicos e Físicos

Ação de Agentes Químicos e Físicos

Ação de Agentes Químicos e Físicos Sobre os microrganismos

Objetivos: Verificar a ação dos agentes químicos sobre a microbiota residente nas mãos e os fatores que influenciam no processo da assepsia das mãos. Demonstrar técnicas eficiente de assepsia

Princípio: Eliminação parcial dos microrganismos na superfície corpórea pela ação de agentes químicos que não agridem o tecido ( detergentes, sabão, álcool, iodo, etc) e ação mecânica da escovação.

Material: Sabão ou sabonete, escova de unhas, álcool iodado, alcool a 70%, ágar Mueller-Hinton em placas, caldo BHI em tubos, galeria para tubos, salina estéril, swab esteril.

Método

1º Etapa ( AT[1]): Estudo da microbiota das mãos antes da lavagem e assepsia

Selecionar 5 voluntários da equipe e passar um swab estéril umedecido com salina estéril nas mãos, principalmente entre os dedos e nas unhas. Passar o swab sobre a superfície da placa de ágar Mueller-Hinton, espalhando bem sobre toda a superfície[2] e em seguida colocar o swab dentro do tubo com caldo BHI. Incubar as placas e os tubos a 37ºC por 24 a 48 horas.

 2º Etapa: Lavagem  e assepsia das mãos

                Os  5 voluntários da 1ª etapa devem fazer os seguintes procedimentos:

 Voluntário 1: Lavar as mãos com água e sabão como faz de costume

Voluntário 2: Lavar as mãos com água e sabão, escovando por 1 min.

Voluntário 3: Lavar as mãos com água e sabão, escovando por 1 min. e passar álcool a 70%, deixando-o agir por 1min. Enxaguar com água destilada estéril

Voluntário 4: Lavar as mãos com água e sabão, escovando por 1 min. e passar PVP-I [3], deixando-o agir por 1min. Enxaguar com água destilada estéril

Voluntário 5: Lavar as mãos com água e sabão, escovando por 1 min. e passar solução de clorexidina, deixando-a agir por 1min. Enxaguar com água destilada estéril 

3º Etapa (DT[4]): Estudo da microbiota das mãos após lavagem e assepsia

                Após a lavagem e assepsia das mãos[5] proceder conforme a 1 ª Etapa, utilizando os mesmos voluntários.

 

Interpretação: Observar crescimento bacteriano pela formação de colônias (fazer a contagem) nas placas e turvação do caldo BHI e anotar os resultados na tabela a seguir: 

VOLUNTÁRIOS

AGENTES

Nº de colônias observado no ágar Mueller-Hinton

Crescimento bacteriano (turvação do caldo BHI)

1

Sabão

 

 

2

Sabão + Escovação

 

 

3

Sabão + Escovação + Álcool 70%

 

 

4

Sabão + Escovação + PVPI

 

 

5

Sabão + Escovação + Clorexidina

 

 

COMENTÁRIOS – ASSEPSIA/MICROBIOTA DA PELE

 Define-se como antisséptico (gr. anti, contra e sepsis, putrefação) toda substância capaz de impedir a proliferação das bactérias, seja inativando-as (efeito bacteriostático), seja destruindo-as (efeito germicida). O vocábulo deveria restringir-se ao emprego em tecido vivos, e.g., na antissepsia das feridas, ao contrário do termo desinfetante, reservado ao caso de substâncias inanimadas, como na desinfecção de fômites ou excretos. Na prática porém tais conceitos nem sempre delimitam perfeitamente, empregando-se como sinônimos a termos antisséptico, desinfetante e germicida[6].

Assepsia é  o conjunto de meios usados para impedir a penetração de germes em local que os não contenha.

A técnica cirúrgica atual é baseada na assepsia: O cirurgião que vai intervir na cavidade peritoneal, normalmente estéril, procura por todos os meios evitar a contaminação do peritônio desinfetando escrupulosamente as suas próprias mãos e calçando luvas previamente esterilizadas, fazendo assepsia da pele do paciente e protegendo o campo operatório por meio de panos estéreis, usando instrumental, fios de sutura esterilizados, etc.

Devido à constante exposição e contato com o meio ambiente, a pele está particularmente propensa a abrigar microrganismos transitórios. Todavia, dispõe de uma microbiota residente constante e bem definida, modificada em diferentes regiões anatômicas por secreções, uso de roupas ou proximidade de mucosas (boca, nariz, áreas perineais, etc. ).

Os microrganismos residentes predominantes da pele são os bacilos difteróides aeróbios (p.ex. Corynebecterium sp., Propionibacterium); estafilococos aeróbios não hemolíticos (Staphylococcus epidermidis, ocasionalmente Staphylococcus aureus); bacilos Gram-positivos, aeróbios e formadores de esporos ubíquos no ar, na água e no solo; estreptococos alfa-hemolíticos (Streptococcus viridans) e enterococos ( Enterococcus sp. ); bacilos coliformes Gram-negativos e Acinetobacter. Com frequência verifica-se a presença de fungos e leveduras nas pregas cutâneas; as micobactérias não patogênicas e álcool-ácido-resistentes ocorrem em regiões ricas em secreções sebáceas (genitália, ouvido externo).

Dentre os fatores que podem ser importantes na eliminação de microrganismos não residentes na pele estão o pH baixo, os ácidos graxos das secreções sebáceas e a presença de lisozima. Nem a sudorese profusa e nem a lavagem e o banho consegue eliminar ou modificar significantemente a microbiota residente normal. O número de microrganismos superficiais pode ser diminuindo pela escovação vigorosa diária com sabão contendo hexaclorofeno  ou outros desinfetantes; apesar disso, a microbiota é rapidamente recuperada a partir das glândulas sebáceas e sudoríparas, mesmo quando o contato com outras regiões cutâneas ou com o meio ambiente é totalmente evitada. O uso de curativo oclusivo na pele tende a resultar em acentuado aumento da população microbiana total e também pode produzir alterações qualitativas na microbiota.

 Questões

  1. Defina os termos: Assepsia, Desinfecção, Esterilização
  2. O álcool a 70% utilizado na limpeza das mãos e na limpeza da bancada, são respectivamente: (   ) Antisséptico e Desinfetante; (    ) Desinfetante e Antisséptico; (    ) Somente antisséptico; (    ) Somente Desinfetante. JUSTIFIQUE A SUA RESPOSTA
  3. É possível o médico eliminar todos os microrganismos das mãos antes de fazer uma cirurgia? Justifique a sua resposta
  4. No procedimento da assepsia das mãos utiliza-se álcool diluído a 70%. Porque não se utiliza o álcool concentrado nestes procedimentos/
  5. Qual a importância da microbiota residente na pele?
  6. Quais os fatores que influenciam no processo da assepsia das mãos
  7. Em sua opinião, qual a melhor recomendação para se fazer a assepsia das mãos.
  8. Quais as possíveis fontes de contaminação das mãos na sua vida cotidiana?
  9. Quais são os desinfetantes mais indicados para inativar microorganismos nos seguintes  locais: Superfície de mesas, no ar, e na pele ou em feridas?

AÇÃO DA RADIAÇÃO U.V. SOBRE O CRESCIMENTO BACTERIANO

 

Objetivos: Demonstrar a ação da radiação U.V sobre o crescimento bacteriano

 Princípio: Propriedade da luz ultravioleta de agir sobre a bactéria inibindo o seu crescimento pela ação a nível de DNA, onde propicia a formação de dímeros de timina que interferem no mecanismo de replicação, transcrição e tradução de informações genéticas.

Material: Suspensão de bactérias em salina[1] (E.coli, S.aureus, etc.), ágar Mueller-Hinton em placas, swabestéril, álcool comercial, becker de 250ml, bico de Bunsen,

 Método:   Introduzir o  swab estéril no tubo contendo a suspensão bacteriana, retirar o excesso[2] e espalhar uniformente sobre toda superfície das 5 placas contendo ágar Mueller-Hinton. Expor as placas a radiação U.V., conforme o esquema abaixo:

  • Placa 1: não expor à radiação U.V (CONTROLE)
  • Placa 2: Expor à radiação U.V por 10 seg.
  • Placa 3: Expor à radiação U.V por 30 seg.
  • Placa 4: Expor à radiação U.V por 60 seg.
  • Placa 5: Expor à radiação U.V por 180 seg

Incubar todas as placas na estufa a 37ºC por 24 a 48horas

Resultados:  Observar a formação de colônias em todas as placas e averiguar onde ocorreu maior e menor crescimento. Se possível determinar o nº de colônias em cada placa e  percentagem de inibição em função da placa controle.

 Questões

  1. Comente o significado da frase: “Ao sair da área de radiação, as placas devem ser colocadas em lugar escuro para evitar a fotoreação”.
  2. De que forma podemos demonstrar que a radiação U.V. não ultrapassa o vidro?
  3. Qual o mecanismo de ação da radiação U.V. sobre a célula bacteriana?
  4. Quais os fatores que interferem no processo de esterilização por radiação U.V?
  5. Em que circunstâncias se deve utilizar a radiação U.V. para proceder a esterilização de um material ou produto?
  6. Quais as vantagens e desvantagens da esterilização por U.V. sobre outros processos físicos?
  7. Qual a influencia da luz branca no processo de esterilização pela radiação Ultra-violeta em ambiente hospitalar?
  8. Uma acadêmica semeou uma suspensão de bactéria em 4 placas contendo um meio de cultura e expôs com tampa entreaberta à radiação U.V por 15seg., 30seg., 2 min e 5 min. e depois incubou todas as placas 37ºC por 24horas. Observou crescimento contínuo nas placas de 15 e 30 segundos. Nas placas de 2 e 5 minutos observou crescimento somente na parte encoberta pela tampa da placa. Que conclusão pode tirar, em relação ao tempo de exposição, intensidade da radiação e ao poder de penetração?


[1] Equivalente a turvação de 0,5 da escala de Mac Farland

[2] Fazendo uma leve pressão na parede interna do tubo



[1] Antes do Tratamento;

[2] Ter cuidado para não ferir o meio

[3] PVP-I = polivinilpirrolidona-iodo (povidine)

[4] Depois do Tratamento

[5] Conforme a 2ª Etapa

[6] Assim, p.ex., é comum dizer-se “desinfecção da pele”, quando mais correto seria “antissepsia da pele”.

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